Beira de mato é bom Mas é "mió" de bom Quando a viola chora Uma moda gostosa sem sair do tom O pensamento voa, faz que vai embora Cruza as fronteiras do tempo Levanta poeira, mas volta num pé de vento Beira de mato é bom Mas é "mió" de bom É quando a lua cheia Do céu incendeia nossos corações Que se percebe a lira, que ao caboclo inspira Numa vidinha bem simples Ter sempre esperança de colher o pão Um fandango, um guaiano Recorta a viola que eu quero cantar Bate um catira caboclo Mostrando a beleza desse lugar Beira de mato é bom Mas é "mió" de bom Rio que banha a gente Água de nascente, "fulô" de alecrim Um jeito caipira de levar a vida Sem se assustar com onça, com seca, geada e nem "pererê" Beira de mato é bom Mas é "mió" de bom A moça apaixonada Que é tão desejada pelo seu peão A tropa e a boiada seguindo as estradas Desse Brasil que acredita na força que tem esse sertão Um fandango, um guaiano Recorta . . .