Chico Inácio

Saracura

Chico Inácio


Saracura se cansou
De sozinha assobiar
Se deixou, se mudou
Para lá
Quis abençoar
Mas não foi capaz
De olhar pra trás

Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê

Saracura cruzou o rio
Seu canto não se ouvirá
Sob o som do avião
A voar
Quis abençoar
Mas não foi capaz
De olhar pra trás

Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê

Sanfoneiros sinfonias
De automóveis soberanos
Batuqueiros gloriosos
Mundo azul subterrâneo
Os meandros desse rio
São lembranças de mil’anos
Saracura foi enterrado
Pelo asfalto paulistano

Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê
Salve saracura, salve saracura ê

Sumaré, pacaembu, anhanguera, iguatemi
Traição mandaqui
Implosão mandaqui
O dinheiro, a ganância, a loucura
Manda aqui
Não somos nós