Senti na pele A falta do lar Onde quando menino só pensava em brincar Se molhar na chuva ver o rio encher Forte é a correnteza dos aguaceiros Cavando buraco forjando pedras A fúria da natureza devorando tudo Quem tem presa não pode parar [Esse rio correnteza veloz estando cheio não consigo passar Do outro lado é bom nesse dia nem vou trabalhar Tiro a tarde pra brincar com o velho e sua prosa Boca da noite vou te ouvir meu silencio repara em tudo Vou passar essa história pro meu violão] Senti na força da natureza aguaceiro na plantação Milharal tombado em fase crescente Esse vento turbulento que chegou na madrugada Por castigo de uns é que todos pagam Trovão deu meu povo não esqueço do velho pai Parece que ele pressentia a chuva caí na chapada Inquieto de porta a janela esperando amanhecer Com facão e inchada ferramentas amoladas