Vê lá lua nova no oitão Cá pelo terreiro o derradeiro Samba de exaltação Adeus negra flor da canção Ferido idioma triste redoma Da nova apartação Sentado na mesa de um bar Parado e mudo no mundo absurdo Sem poder compreender por que tudo mudou Alguém se coloca a chorar mas podia rir gargalhar O que é direito é vil o que é mal é gentil é de enlouquecer O negócio é beber e sair - se dali e dormir sem sonhar Canto vão meu canto é vão Meu canto é antigo e vão É dos que vão longe dessa multidão Gritando não (gritando que não) Pela cidade vulgar Vejo aparecer o luar sem paixão Do samba sem amor Do fim da tradição