Os surdos das escolas de samba Expandem o grave do coração Os cegos das escolas de braile Esfregam os dedos noutra canção Um doce de amor aos pedaços: Abacaxi, canela e limão Encontram na boca o espaço Ao que se presta a sua função É lindo, vai derreter Os mudos das escolas de canto Esguelham-se em mais um refrão E os mancos das escolas de baile Dançam até gastar o chão Eu mudo sem os pés nos tamancos Absurdo com as canelas no céu Aberto nas janelas do peito Me aperto nesse abraço seu