Pendurado de banda No vão da varanda Do prédio a rodar, Não sei mais se é o mundo Que cai aos meus pés Ou de pernas pro ar; Embebedado de você. Tonto na beirada da Tentação de cair e voar, Até me aninhar em você, Mal parado num muro Sem prumo, em que estudo Onde me equilibrar. Entre o chão e o barraco De estrelas que cai No que foi nosso lar. Abandonado por você, Louco querendo mamar Do segredo da vida e gritar Até me agarrar em você. Arrastado por dentro Ao meu próprio espetáculo Em tal patamar Pela mão da sereia. Que vai se tornando A sirene a soar. Convidado de luxo A deixar a ribalta de amar Pela escada de incêndio e baixar Até me assistir escapar você. Muito embora indo embora, Eu mesmo mentindo Devo argumentar: Sou a sobra do efeito Cascata da vodca E desse luar.