Meu velho Chico tu que desces lá de minas Desde menino, fertilizando o sertão Enriquecendo quem te beija ou assassina Quem contamina o sangue do teu coração Meu velho amigo viver é correr perigo Ando contigo circulando nesse pó A tropeçar naquele xote das meninas De Petrolina, Juazeiro e Cabrobó Um passageiro teu num surto de maldade Acessa um site só prá gente escolher Comprar gravata, lap top e geladeira Ou ver geleira no polo se derreter. Meu velho Rio nesse palco inusitado Globalizado, cheio de guerra e prazer Cheio de crimes, de riqueza e de miséria A coisa é séria e tenho que lhe dizer: Já vão transpô-lo para enricar outras terras Matar a sede d’água e a fome de poder Canta tudo outra vez.