Memória de um tempo onde lutar por seu direito É um defeito que mata São tantas lutas inglórias São histórias que a história Qualquer dia contará De obscuros personagens As passagens, as coragens São sementes espalhadas nesse chão De juvenais e de raimundos Tantos julios de santana Dessa crença num enorme coração Dos humilhados e ofendidos Explorados e oprimidos Que tentaram encontrar a solução São cruzes sem nomes Sem corpos, sem datas Memória de um tempo onde lutar por seu direito É um defeito que mata E tantos são os homens Por debaixo das manchetes São braços esquecidos Que fizeram os heróis São forças, são suores Que levantam as vedetes Do teatro de revista Que é o país de todos nós São vozes que negaram Liberdade concedida Pois ela é bem mais sangue Ela é bem mais vida São vidas que alimentam Nosso fogo da esperança O grito da batalha - quem espera nunca alcança! Ê ê quando o sol nascer É que eu quero ver Quem se lembrará Ê ê quando amanhecer É que eu quero ver Quem recordará E eu não quero esquecer Essa legião que se entregou Por um novo dia E eu quero é cantar Essa mão tão calejada Que nos deu tanta alegria E vamos à luta!