Tracei um rato lá no mato Pintei um quadro que caguei num jato Comprei um mato que come gato Matei um prato no meu pato Onde o sol nasce quadrado Tem muito sapo Jogo dado no tablado Mas de fato Com o papa não tem papo O meu gago era gado No farrapo do sapato O Renato tá pelado Puta cara chato Mora lá no orfanato Em um quarto empoeirado O Lobato é mó' danado Seu legado é ser safado Um nabo no meu rabo É um imposto inesperado O nabo no meu rabo Me deixa muito mal-humorado Mete o nabo no meu rabo Que verás quem é o diabo Sente meu mamilo Ele mexe como um grilo Não me venha com sigilo Você apela até pro milho De noite você é meu filho Que sustento com polvilho De dia é o andarilho Que ne prende no asilo Oh Danilo! Vê se larga esse gatilho Por favor fica tranquilo Não comete esse vacilo Era só um trocadilho Ei, Pastor, larga minha bunda Vê se não esquece que eu tenho caxumba Ei, Pastor, larga minha cerveja Arranca ela de mim, e eu derrubo sua igreja Ei, Pastor, me vê uma indulgência Hoje eu já pequei, e perdi minha paciência Senhor Fausto Não cometa esse holocausto Quanto mais calvo Mais você se torna o alvo Oi, Cláudio? Não me manda audio! Se eu quisesse ouvir desgraça Eu ligava o meu rádio