Todo mundo bateu palma quando o copo caiu Eu acabava de matar o presidente do Brasil A criminalidade toma conta da minha mente Achei que não teria que fazê-lo novamente Mas tenho pesadelos recorrentes, o Temer na minha frente E eu cantando, 'to feliz, matei o presidente Fantasmas do passado, dos meus tempos de assassino Quando eu matei o outro, eu era apenas um menino Agora, palestrante, autor de livro infantil Não fica bem matar o presidente do Brasil Mas a vontade é grande, 'tá difícil segurar Já sei, vamo pra DP, vou me entregar Chama o delegado, por favor Sou Gabriel O Pensador O homem que eles amam odiar Cantei FDP, Pega Ladrão, Nunca Serão E agora chega, até quando a gente vai ter que apanhar? Porrada da esquerda e da direita Derrubaram algumas peças, mas a mesa 'tá difícil de virar Anota o meu depoimento e me prende aqui dentro Que eu não quero ir pra Brasília dar um tiro no Michel Aí, que maravilha! Mata mesmo esse vampiro Mas um tiro é muito pouco, Gabriel Mata e canta assim Hoje eu 'to feliz, hoje eu 'to feliz Hoje eu 'to feliz, matei o presidente Matei o presidente Matei o presidente Matei o presidente Matei o presidente Fiquei até surpreso quando correu a notícia E a polícia ofereceu apoio pra minha missão Ninguém vai te prender, policial também é povo Já matamo o presidente, irmão, vai lá e faz de novo Que é isso? Eu sou da paz, detesto arma de fogo Deve ter outro jeito de o Brasil virar o jogo Que nada, Pensador! Vai lá e não deixa ninguém vivo Se é contra arma de fogo, vai no estilo dos nativos Invade a Câmara e pega os sacanas distraídos Com veneno na zarabatana, bem no pé do ouvido Em nome da Amazônia desmatada Leva um arco e muitas flechas e finca uma no coração de cada Cambada de demônio, demorou, manda pro inferno Já tão todos de terno, e pro enterro vai facilitar Envia pro capeta com as maletas de dinheiro sujo De sangue de tantos brasileiros e vamos cantar Hoje eu 'to feliz, hoje eu 'to feliz Hoje eu 'to feliz, matei o presidente Matei o presidente Eu não matei nem vou matar literalmente um presidente Mas se todos corruptos morressem de repente Ia ser tudo diferente, ia sobrar tanto dinheiro Que andaríamos nas ruas sem temer o tempo inteiro Seu pai não ia ser assaltado, seu filho não ia virar ladrão Sua mãe não ia morrer na fila do hospital E seu primo não ia se matar no Natal Seu professor não ia lecionar sem esperança Você não ia querer fazer uma mudança de país Sua filha ia poder brincar com outras crianças E ninguém teria que matar ninguém pra ser feliz Hoje, estar feliz é uma ilusão E é o povo desunido que se mata por partido Sem razão e sem noção Chamando políticos ridículos de mito E às vezes nem acredito num futuro mais bonito Quando o grito é sufocado pelo crime organizado instituído Que censura, tortura e fatura em cima da desgraça Mas, no fundo, ainda creio no poder da massa Nossa voz tomando as praças, encurtando as diferenças Recompondo essa bagaça, quero é recompensa O Pensador é contra a violência Mas aqui a gente peca por excesso de paciência Com o rouba, mas faz dos verdadeiros marginais São chamados de Doutor e Vossa Excelência