Este cheiro de galpão Tem gosto de convivênvia Vem dá acesa do tição Pai de fogo da querência Repontado pelas charlas Do pajador quando canta Faz roco de mate amargo E o eco de mil gargantas Este cheiro de galpão Vem do rancho aconchegante Quando recebe das frinchas É um convite para o andante Marcela, Rosa e Hortência Misto de muitos amores Não sei qual das Margaridas É a mais bonita das flores Não sei qual das Margaridas É a mais bonita das flores Este cheiro de galpão Tá acesso para os afoitos Além do fio de bigode E o bom trançado de oito Parece um dia nascendo Com cheiro de terra boa E uma rodada de truco Numa tarde garoa (Refrão) Este cheiro de galpão Traz o bailado das danças Que nem o pingo estradeiro Rebenqueado de lembranças Galopando pago a fora Vai exalando harmonia Irmanando dos fandangos Da tarde ao clarear do dia Irmanando dos fandangos Da tarde ao clarear do dia Este cheiro de galpão Tem só vidas campeiras Tem o barulho das águas Despencando das cachoeiras Como um pealo de cuchara Ou um guasquear de um bom ginede O gado de um pingo crioulo Das plagas lá do Alegrete (Repete o Refrão) Irmanando dos fandangos Da tarde ao clarear do dia