Par trois gars de mon quartier Je me suis laisser entraîner Dans un tripot la semaine dernière Dans une salle enfumée Nous nous sommes installés Autour d'une table de poker On a enlevé nos vestons Commandé force boissons Puis la partie a commencé Telle que je vais vous l'expliquer On prend les cartes, on brasse les cartes On coupe les cartes, on donne les cartes C'est merveilleux on va jouer au poker On prend ses cartes, on regarde ses cartes On s'écrie: Cartes! Puis l'on écarte J'en jette trois car j'ai déjà une pair Quand tout le monde a son jeu On se regarde en chien de faïence On essaie de lire dans les yeux Du voisin plein de méfiance J'ai pris trois cartes et lui deux cartes Vous combien de cartes? Moi juste une carte Faut s'éfier y'a du bluff dans l'air Je suis blind à toi de parler Dit au second le premier Et ce dernier s'écrie: Parole! Le troisième mise cent francs Je dis: Tes cent, plus mille francs Les deux autres s'arrêtent au vol Le troisième me dit: Voilà Tes mille francs! Qu'est ce que tu as? Trois dames, j'ai gagné je crois Non, dit-il car j'ai trois rois! On prend les cartes, on brasse les cartes On coupe les cartes, on donne les cartes Je me dis qu'es-tu venu faire dans cette galères? On reprend les cartes, on regarde ses cartes On s'écrie: Carte! Puis l'on écarte Je me dis maintenant va falloir se refaire Pendant toute la partie Je me faisais des reproches Quand se termina la nuit Je n'avais plus rien en poche Avant que je ne parte, je prends les cartes Je déchire les cartes Je jette les cartes Et les piétine avec colère Mais au moment de m'en aller J'entends des coups de sifflet Une descente de police Les inspecteurs du quartier Veulent tous nous interroger Me voici devant la justice Ils me disent: Mon garçon Nous sommes bons et te donnons Une minute pour t'expliquer Je leur ai dit affolé On prend les cartes, on brasse les cartes On coupe les cartes, on donne les cartes Je n'ai jamais rien eu de meilleur qu'une paire On reprend ses cartes, on regarde ses cartes On s'écrie: Cartes! Et l'on écarte Je vois très bien me dit le commissaire On va vous emprisonner Car du reste je m'en fiche Mais on va vous affecter Au département des fiches On prend les cartes, on regarde les cartes On trie les cartes, on range les cartes En prison je suis devenu fonctionnaire Tout ça parce qu'un jour Un bien triste jour J'ai voulu jouer au poker Por três sujeitos do meu bairro Deixei-me arrastar A uma casa de jogo, na semana passada Numa sala enfumaçada Nós nos sentamos Em volta de uma mesa de pôquer Tiramos nossos casacos Encomendamos muitas bebidas Depois, a partida começou Tal qual eu vou lhes explicar Pegam-se as cartas, embaralham-se as cartas Cortam-se as cartas, distribuem-se as cartas É maravilhoso, vai-se jogar pôquer Pegam-se as cartas, olham-se as cartas Grita-se: Cartas! Depois, afastam-se Ponho três de lado, pois já tenho um par Quando todos já estão com o jogo pronto Olham-se uns aos outros com cisma Tenta-se ler nos olhos Do vizinho muito desconfiado Peguei três cartas e ele, duas cartas Você, quantas cartas? Eu, só uma carta Atenção, alguém está blefando Eu sou pingo, você é quem manda Diz ao segundo o primeiro E esse último grita: Mesa! O terceiro aposta cem francos Eu digo: Teus cem, mais mil francos Os outros dois param na hora O terceiro me diz: Pronto! Teus mil francos! O que tens? Três damas, acho que ganhei Não, diz ele, pois tenho três reis! Pegam-se as cartas, embaralham-se as cartas Cortam-se as cartas, distribuem-se as cartas Pergunto-me: O que você veio fazer neste pesadelo? Retomam-se as cartas, olham-se as cartas Grita-se: Cartas! Depois, afastam-se Eu digo a mim mesmo agora vai ser preciso virar o jogo Durante toda a partida Eu me censurava Quando a noite acabou Eu não tinha mais nada no bolso Antes de sair, pego as cartas Rasgo as cartas Jogo as cartas E as pisoteio com raiva Mas, no momento de sair Eu ouço apitos Uma batida policial Os inspetores do bairro Querem todos nos interrogar Eis-me perante a justiça Eles me dizem: Meu menino Nós somos bons e te damos Um minuto para te explicar Eu lhes disse, apavorado Pegam-se as cartas, embaralham-se as cartas Cortam-se as cartas, distribuem-se as cartas Nunca tive nada melhor que um par Retomam-se as cartas, olham-se as cartas Grita-se: Cartas! Depois, afastam-se Estou entendendo muito bem, diz o delegado Nós vamos prendê-lo Pois, o resto não me interessa Mas, vamos empregá-lo No departamento de fichas Pegam-se as cartas, olham-se as cartas Separam-se as cartas, arrumam-se as cartas Na prisão, tornei-me funcionário Tudo isso porque, um dia Um dia muito triste Eu quis jogar pôquer