A noite cai na fazenda E a lua banha o telhado As lamparinas acendem Motor já foi desligado Silêncio que engole a gente Não demora a ser quebrado Violas recompensando Um dia bem trabalhado Um verso que sai à toa De boca sempre calada Já lembra de uma pessoa Idéia premeditada Morena que me escuta Desfiando essa toada Que meu coração lhe sirva Um dia de invernada Espero se for preciso Mais uma longa jornada Às vezes perco o juízo Mas volto por essa estrada Que chega no paraíso Onde a paixão fez morada