Peguei emprestado o fusca branco de meu pai
Ele recomendou cuide bem dele rapaz
Chamei minha menina pra dar um rolé
Ir numa cachoeira, não sei bem onde é
Apesar de ela ter insistido numa piscina
Juntamos os trocados pra botar gasolina
Emburaquei o fusca a mais ou menos 80
Na estrada de terra sei que fusca aguenta
O bicho pulava feito um boi bravo
Tive uma surpresa quando olhei pro lado
A porta aberta, o banco vazio
Cadê a mulé que estava comigo?
Manobrei o fusca e voltei de vagar
Olhando pelos matos tentando encontrar
A minha namorada a mulher que eu pretendia casar
Quando eu avisto uma coisa marrom
Parecendo um ser humano com uma pedra na mão
Arremessou com uma força que eu desconhecia
Como um meteoro entrou pelo para-brisas
Quase me arranca a alma ainda bem que ela não é boa de mira
Meti a ré no fusca inganjei num barranco
Gritando feito louco me perdoe eu te amo
Parecia um bicho segurando uma tora
Abandonei o fusca e sumi mato a fora
O plano era perfeito mas eu fui desastrado
Deixei no porta luvas o anel de noivado
Não sei o que ela fez mas o anel ela achou
Depois de algum tempo até me perdoou
Apesar de minha culpa não foi por querer
E eu aprendi a não me exceder
Agora do meu lado ela não sai nunca mais
Mas ainda devemos um fusca ao meu pai
