Bigode branco retorcido e largo Amarelado de palheiro e tempo De ti lembro, meu avô campeiro Cerne angiqueiro grudado a raiz De rusilhonas, esporas lavradas Dois panos largos de bombacha griz Quando encilhavas, bem quebrado o cacho Se atiçava meu olhar, guri E chuleando à tua estampa A própria pampa eu enxergava em ti E o teu mouro, que ao bancar das rédeas Ao teu entono se quedava igual Abaralhando aos floreios da coscoja Me parecia ter o freio musical Avô camapeiro dos conselhos buenos Do meu petiço e do meu pão de mel Para mim tu fostes, meu avô campeiro Mescla de rei e de papai noel