Olha, Guri ! Repara o que estás fazendo, Depois que fores é difícil de voltar; Passei-te um pito e continuas remoendo, Teu sonho moço deste rancho abandonar. Olha, Guri ! Lá no povo é diferente, E certamente, faltará o que tens aqui; Eu só te peço: Não esqueça de tua gente, De vez em quando, manda uma carta, guri. . . . . . . .REFRÃO . . . . . . Se vais embora, por favor não te detenhas, Sigas em frente e não olhes para trás; Assim não vais ver a lágrima insistente, Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz Olha, Guri! Prá tua mãe, cabelos brancos, E pra este velho que te fala sem gritar; Pesa teus planos, eu quero que sejas franco, Se acaso fores, pega o zaino pra enfrenar. Olha, Guri! Leva uns cobres de reserva, Pega uma erva pra cevar teu chimarão; E leva um charque, que é pra ver se tu conservas, Uma pontinha de amor por este chão