Tropa grande aferrolhada Contrabando da fronteira Com a comitiva tropeira Se quarteando pra o fiador A cavalhada de muda Na frente da gadaria E o munício da iguaria Com o madrinheiro ponteador Na culatra a polvadeira Se ergue em redemunho O guizo em canto terrunho Talareia co'as rosetas O bate-casco da marcha Abrindo sulcos na pampa Ecoa estouros de guampas Moldando uma silhueta Preso às argolas do basto Poncho e saudade emalada Bolindo a coxa espumada Um laço couro de touro Balandrau sobre a badana Para um reponte ligeiro E um pedestal pra os arreios Talhado em pelo mouro Desemboca o corredor A tropa que vem cansada Campeando pouso e aguada Parador e pastagem buena E uma cama de recaus Pra quem não ficou na ronda Até a noite se alonga Sonhando várzeas morenas O quarto-chico embuçala O Colorado da aurora Pra escramucar campo a fora Um alvorecer tropeiro Nos bretes do marca-talha As contas passam em contagem Rumbeando a guapa viagem Do carma de um saladeiro Tropa entregue no destino Volvem os centauros vaqueanos Deixando o vacum pampeano No purgador da charqueada Então os arreios sovados Regressam aos galpões da estância Pra faturar circunstâncias De changuear com tropa alçada