O vento chegou mui bravo Sempre campeando um açoite Vagando dentro da noite Se entropilham nos anseios Que se extraviram no rastro De algum apelo medonho Que venho costear no sonho E me encontrou nos arreios. Sem sono pensando longe Lembrei da quela volteada Que andei correndo uma egüada No unharal da formosa Inté numa enchente grande Das macharronas me lembro Que dão no mês de setembro Com as cheias de santa rosa. Estes recuerdos são glórias Pra quen vive ou desdobrando A sina de andar rolando Sem ter medo do destino Sovando amores e penas Para encurtar as distâncias Que fazem de um peão de estância Um índio xucro e teatino. Surrado pelos güascassos Que nos aquebratam na acalma E vão castigandoa alma Deixando a estampa do avesso Mas se nasci pra ser quebra Ei de morrer junto aos malos Depois dum golpe dum pealo Vou ter o fim que mereço. Mas vou deixar o meu rastro Na volta dos corredores Na goela dos campeadores Ha de ficar o meu grito Que andará pedindo boca E retrechando na culatra De alguma tropiada ingrata Pra charqueada do infinito. Nas aguadas do banhado Meu corpo será remanso Campeando um tal de descanso Para que eu possa algum dia Pedir morada pra deus E venha surgir de novo Cheio de balda e retovo No lombo das sesmarias. Sovando amores e penas...