Chapéu tapeado pra enxergar de ponta a ponta Lenço vermelho, bandeira de um maragato Estampa guapa, tronqueira do nosso Estado Enforquilhado num baio "ovo de pato" Espora buena, "buzinuda", tilintando Marca o compasso do meu pingo troteador Jeito atrevido de quem vem pedir "bolada" Alma "tisnada" da poeira do corredor Refrão: Trago em reponte batidas de algum cincerro Gritos de forma, por isso sou da fronteira Meu berço xucro, sagrado torrão sulino Onde um teatino cheira à terra de mangueira Me criei taura laçando e boleando potro E abrindo a perna de alguma "bolcada" feia Quando preciso, abro o peito, companheiro Por que um fronteiro não se "enreda nas maneias" O meu cantar fala de doma e campereada A minha voz é xucra igual berro de touro E as minhas penas são queimaduras de laço Que num "guascaço" nos deixa marcas no couro