Quando o sol treme nas lombas Relampeando a aba do freio, A mutuca sai do mato Junta o gado num rodeio Nesta hora do sosssego As folhas perdem o guizo E a "peonada" ressona Na sombra de um "paraíso" A pipa d'água, tampada Com um guardanapo de estopa Fica "atentando" os caboclos Que vêm beber na sua boca Um garnisé canta longe Ciscando o pé das macegas E o sol, parado, sesteia Na cama verde das léguas A natureza transpira Pelos umbrais do sossego, Com tempo sesteando largo Na lassidão de um pelego Uma carijó, desasada, Vem beber água no cocho E acorda um cusco barbudo Com sua cantiga de choco Nesta hora é proibido, Camperear montado em égua Buscar fósforos na venda, Rondar perdiz na macega A visita que ia embora Fica embromando e não sai Pega um mate e outro mate E a tarde longe se vai O sol se veste com pala Das nuvens, antes do tombo E deixa o baio da tarde Na sombra secando o lombo