Xote crinudo... Da pampa velha grongueira Costeado na botoneira Num surungo de galpão De um jeito antigo Aquerenciado na fronteira Curtido nas bebedeiras Oitavadas no balcão Xote sem sono... Cusquilhoso e retovado Que por ser abagualado O nego ajeita com calma E noite adentro Floreia e tapa de grito Porque além de ser bonito Te juro, faz bem pra alma! Trago esse xote Que é pra entregar de regalo Pra quem gosta de cavalo De genetiada e bailão E pra os que gostam De um romance proibido Desses de beijar escondido Na penumbra do salão Xote terrunho... Moldado no reboliço E que tem o compromisso De manter a tradição De vez em quando Se arrasta batendo garra Depois se amansa e esbarra Erguendo terra do chão Xote dos "nosso" Da gente buena e campeira Criada pelas pradeiras Que se garante no embalo Se derem cancha Arrocina a evolução Pois hay que tranca o garrão Depois se bota o pealo!