Estes versos que regalo Vem da alma em devoção Pra cantar a jóia rara Que Dom Renato guardara No cofre do coração Com permiço Dom Renato Meu canto reverencia Regatando na memória Esta figura notória Que lhe deu tanta alegria Falo da zaina queimada Florão de qualquer tropilha Viveu num mundo seleto Partilhando o mesmo afeto Pois criaste que nem filha Nos gritos de já se vieram Queimada foi ventania Pelas raias da lembrança Hoje é apenas brisa mansa Acariciando a nostalgia Nos prados e canchas retas Com as patas gravou sua história Era de fita ou de tampa Uma estrela pirilâmpa Chispando nos céus da glória Somente uma peste maula Lhe impôs derrota fatal E a parceria divina Conduziu a lá pra cima Pelo fiador do buçal Dom Renato seu desejo E a idéia eu também encampo Legenda igual a queimada Merecia ser deixada Pra morrer livre no campo