Carrego sempre comigo Por todo lugar que eu ande Uma estampa pacholona Que é a cara do Rio Grande Chapéu tapeado Guaiaca e bombacha larga E o palita sobre o ombro Lambendo o cabo da adaga Num bailado, sou nojento Na garganta, me defendo Quando ponteio a guitarra Só acredita quem tá vendo Sou bem assim, desse jeito Cantador à moda antiga Se me chamam, me apresento E a festa tá garantida Sou negro touro E, quando berro grosso e feio Quem se encontra esparramado Vem se juntar no rodeio E quando, pra uma chinoca Me resolvo dar uma flor Vai um sentimento atado No gesto deste cantor Vivo cantando a querência Por entre a terra e o céu Pachola por excelência Desde a bota até o chapéu Amigo dos meus amigos Sempre pronto pra uma farra E, pra mim, todos os dias É dia de apertar as garra' Vivo cantando a querência Por entre a terra e o céu Pachola por excelência Desde a bota até o chapéu Amigo dos meus amigos Sempre pronto pra uma farra E, pra mim, todos os dias É dia de apertar as garra' Criado no pampa vasto Tendo o mundo por escola Sempre que encilho um cavalo De quatro galho' ato a cola Saio batendo na marca Pra o lado que encontro espaço Quando não trago por diante Trago cinchado no laço Sou crioulo da fronteira Teimoso, mas educado Pra negócio, cabuloso Pra namoro, interessado Quando aperta uma saudade Canto a minha pátria baguala Deixo, então, que se dê volta Que eu saio abanando o pala Sou negro touro E, quando berro grosso e feio Quem se encontra esparramado Vem se juntar no rodeio E quando, pra uma chinoca Me resolvo dar uma flor Vai um sentimento atado No gesto deste cantor Vivo cantando a querência Por entre a terra e o céu Pachola por excelência Desde a bota até o chapéu Amigo dos meus amigos Sempre pronto pra uma farra E, pra mim, todos os dias É dia de apertar as garra' Vivo cantando a querência Por entre a terra e o céu Pachola por excelência Desde a bota até o chapéu Amigo dos meus amigos Sempre pronto pra uma farra E, pra mim, todos os dias É dia de apertar as garra'