César Oliveira e Rogério Melo

Era Assim Naquele Tempo

César Oliveira e Rogério Melo


Tom: C

Intro: Em B7 Em Am G  B7 Em B7 Em E7 Am G B7 Em B7  Em

Em                                              Am
Era assim naquele tempo... dos baile  véio  de rancho
                    B7                         Em
se achegava um de carancho tendo a d'alva de sinuelo
                 E7                        Am
o bochincho tava visto no semblante do  paysano
                       G          B7         E
e no trinta e oito orelhano engasgado de caramelo.

D7/F#                                            G
era assim naquele tempo... no universo das três vendas
                     B7                       Em
se um taura virasse renda, outro cambeava de pátria
                      Em                 C          B7
se acaso pelassem a  guaxa  de um  cristiano  no Uruguai
                       B7     Am    G    B7    Em
  quedava um hijo sin padre  velado a choro de gaita.

Refrão:

                  Em                     B7
(pra lá do upamaroty, bem antes do vacaiquá
                                                 Em
entre santana e rivera, que em dom pedrito se encosta
                     E7                        Am
quem bolinava com a sorte da villa indarte pra cá
                B7                       Em
pedia pra se  topá  com um tropeada sem volta.
                       E7                   Am
quando um insulto assoprava no movimento da noite
                 B7                    Em
um facão fazia açoite relampejando no apuro
                                 C       B7
um pala no braço esquerdo escorador de  puaço
                    B7   Am      G   B7      Em
cadenciava o contrapasso que se bailava no escuro.)

SOLO  D7 F#  G B7  F E7 Am  G  B7 Em

Em                                              Am
e a vida assim se perdia por nada ou por muito pouco
                   B7                              Em
um desacerto  nos troco , um retruco em riba de um às
                 E7                          Am
alguma penca de potro,  por supuesto  mal julgada
                  G        B7           E
ou uma irmã desonrada... e aí já era  demás .

D7/F#                                      G
uns iam por  calaveras , outros iam por covardes
                       B7                       Em
e às vezes, cheio de alarde, o finado era um valente
                   Em             C            B7
era assim naquele tempo... e a justiça que imperava
                  B7     Am     G     B7    Em
era a honra e a palavra, lei maior daquela gente.

Refrão: (  )

(Em   B7)
"as cruzes que serpenteiam nos entremeios da linha
 são saudades que agonizam no fio afiado do vento
 ficaram ali demarcando a história que se assinala
 quando o destino embuçala... lembrança, razão e tempo.”

Refrão: (  )