Meu cavalo enche a boca E a cambona faz ponteio Um cochincho rasga ao meio A calma da madrugada Enquanto a aurora prateada Vem destapando o rodeio! Quando a última estrela Deixar o céu do potreiro Pastando e seguindo o cheiro Que a noite levou do pago Refugo os avios do amargo Porque o Sol chega ligeiro Meu confiança é noite escura Com prenúncios de tormenta Um relâmpago na testa E um tufão em cada venta! Tem labuna nas dez quadra De cansá inté a cuscada E na boca da picada Um touro berra e se arrima Chairando as armas da esgrima Na macega sapecada! Tem aparte no pavão Bicheira no canta galo Mas eu vou bem a cavalo E o resto eu levo no grito! O mango é só pra bonito E a espora é sempre um regalo!