Esse meu jeitão antigo De falar de pingo bueno É égua que esconde o toso Se arrastando no sereno É uma estância de fronteira Com paraisos copados É um pala feito bandeira Num verso de cacho atado Quando as ansias pedem vaza Pela vista galpoeira Numa marca chimarrona Que vem pedindo porteira Eu quebro o cacho de um verso Desses de aparta em rodeio E agrando meu universo De campo emrriba do arreio Um verso de cacho atado Têm sesmarias na essencia Sangue crioulo templado Na mais nobre porcedência Um sotaque fronteirisso Que fala alto por nós Quando se afirna um oficio No timbre forte da voz Um domingo de sol quente Debochado e sem costeio Antes das barras do poente Na polperia me apeio Retovo um verso gaúcho Com rimas que achei na estrada E encurto tempo e distância Nesta milonga botada E este verso flor e truco Almade raça campeira Pachola de cacho atado Como quem sai pras carreiras Vai sustentando oque digo Na sina que Deus lhe deu Quando falo do Rio-Grande Falo de um pago que e meu Um verso de cacho atado Têm sesmarias na essencia Sangue crioulo templado Na mais nobre porcedência Um sotaque fronteirisso Que fala alto por nós Quando se afirna um oficio No timbre forte da voz Um verso de cacho atado Têm sesmarias na essencia Sangue crioulo templado Na mais nobre porcedência Um sotaque fronteirisso Que fala alto por nós Quando se afirna um oficio No timbre forte da voz