Nesta pampa de meu deus Ando eu, e meus cavalos Por aí...empurrando tropas Pechando boi nos rodeios "bolcando maulas num pealo...! ...também anda um ovelheiro, Talvez por ser meu amigo... Ou por gostar dos perigos Que me tocam de "regalo Anda um par de nazarenas Cantadeiras e "andejantes" Que ao contraforte da bota Se abraçam sem cerimônia E às vezes cortam bastante...! ...também anda uma lembrança Saudades... daquela linda E uma mirada bem-vinda Num "pouso", más adelante". Uma milonga "paysana", Em cada vento assoviado Nas noites órfãs de lua, Que "ressabeia" meus medos Curtidos nos descampados...! ...andam sonhos caborteiros Mais sestrosos que a potrada Que trago de boca atada Pra os compromissos selados. Anda um verso e o palheiro Parceiros da inquietudes, Um sombreiro de aba larga E um poncho pra o tempo brabo Nas volteadas de índio rude...! ...anda um sentimento antigo De pátria, amor e respeito, Nas emoções e conceitos Que forjam atitudes.