(Matei vários nas batalhas Mas nunca falei de ódio) (Ganhei vários nas batalhas Mas nunca falei de pódio!) Do morro do quadro pro mundo roubando a cena Em meio aos enquadro oriundo E imundo de quem merecia algema! O tempo passa e é o mesmo problema! 400 anos que savana sangra Em meio aos risos das hiena! Então recolhe a linha que a minha é chilena! Repara e compara o que mídia mascara E quem hoje relata não vive o problema Então voltemos ao tema do inicio Me desculpe qualquer dilema Essa daqui eu fiz no hospício! Louco em meio a treta, pra acabar com a resenha A lesão que trouxe a causa tipo Maria da Penha! Lenha! O verso é fogo nesse lobo sorrindo Que querem se passar de ovelhas, mas tem sangue nos caninos! Não passaram batido, então nem brota na base! Feridas da escravidão já não se curam com gaze! Inútil como a opinião de quem não vive a fase! Guarde suas frases de efeito Pois eu sou efeito da frase! De onde eu vim andamos sempre pela fé né Somente com ela pra vencer! Então pode avisar lá que eu tô de pé Pois a morte me fez viver! Por isso eu vim pra quebrar tabu, na margem! Contra as mídia que manipula essas reportagem! Viatura ta quase Uber, mas não é vantagem Pois quando a pele é escura mano nada cancela essa viagem! Ainda somos mira, alvo e ira! Educação? Gorjeta! Onde a bala perdida sempre acha a pele preta! Coincidência? Estranha essa treta Tiros de borracha apagam historias De quem nem teve caneta! Êta, contra injustiça minha alma berra Até que a própria justiça retorne a terra! Venci as batalha pois nasci na guerra E quem tem boca vaia Roma Quem tem peito enfrenta o César! Pode pá que isso me define Vinde lá, rimar foi meu crime Pó falar que daria um filme! Peço ao pai que sempre ilumine Tão sublime esse fino fel O inferno é tão visível Então não me impeça de crer no céu! Yeah, hã! Fechamento só com a verdade Então dane-se a politica Eu falo de humanidade! A luz não foge das trevas por isso eu entro O sistema é um monstro que se mata por dentro E a ditadura é tipo a diabetes: Silenciosa! Vão dizer que é inofensiva até que seja desastrosa! Na prosa, o mundo é um zagueiro louco pra te ferir Mas tipo Messi eu tô no campo e me recuso a cair! E é bem nova geração Vinicius Júnior e Paquetá Não adianta entrar no rap se não sabe pra que tá! Se não sabe o que por na track te peço pra se aquietar Pois a lírica é engatilhada e já pronta pra te acertar! Mentes brilhantes, vem de onde cês nem acredita Vim dar o xeque mate no rap, tipo Anitta! Várias barreiras pra quem se dedica Mas hoje o flow é Roberto Carlos E nem a barreira fica! O MC que nunca ri! Desabafando Enquanto o verde e amarelo as ruas vão decorando Até queria essa alegria de ver a copa chegando Mas não da pra pintar a rua que ainda tem sangue dos meus manos! Ah! Difícil de recitar É uma canção infantil, impossível de negar E na ciranda cirandinha a sirene vem me enquadrar Me mandando da meia volta sem ao menos me explicar! E eu naquela de vingar, nesse plano suicida De mudar o mundo com a fé, papel caneta e batida Quer saber em meio ao caos o que ainda motiva? Me diz algo mais motivador do que não ter saída!