Água mole, pedra burra... Tanto bate até que sangra Desculpe pelo ser humano Desculpe pelo ser, humano Desculpe pelo não saber Desculpe pelo meu viver De querer sentir, de querer andar Desculpe pela teimosia Pela minha covardia Por esse minha mania De querer respirar Sigo cambaleando, combalido, constrangido To fudido, mas não posso parar Sigo andando, sem saber andar Lá naquela linha Onde o horizonte se confunde O céu encontra o mar Vou caminhar, caminhar Sem parar, sem parar Mas não peço desculpas pelo meu mal Por assim visceral não quero saber Não tenho culpa, esse é meu jeito Eu sou intenso, a vida é uma só e eu quero viver Se fuder, vai se fuder, to aí, vou seguir, não vou parar Se não quer me ouvir, eu vou insistar, é melhor fugir Eu vou gritar Desculpe pelas minhas falhas Desculpe minha navalha Que às vezes eu carrego sem saber usar Desculpe pelo meu saber Desculpe por não viver Por não crer em Deus Por não saber rezar