Cezar e Paulinho

Velho Aconchego

Cezar e Paulinho


Filho, você sempre quis
Me levar pra cidade
Pra desfrutar do conforto
Que você conquistou

Mas esse seu velho
Que sempre viveu sem vaidade
Quer findar a vida onde a sua começou
Nessa casinha modesta

Luz do sol e luz da lua
Vendo a chuva lá na terra
Sobre a natureza nua
Mergulhado no sossego
Desse velho aconchego
Onde a  vida continua

Filho, ainda quero acordar
Com o galo cantando
E o latido do velho amigo
Que não me abandona

Depois de um dia de trabalho
A noitinha chegando
Na varanda pontear
A viola na velha poltrona
Contemplando o lindo filme
Que você vive a contar

Que tem lua prateada
E estrelas a mostrar
Que em meus olhos tem o brilho
Dizendo pra meu filho
Que aqui é meu lugar

Filho, eu quero
Que quando chegar o meu neto
Dê a ele o conforto que me ofereceu
Quando ele crescer

Eu te peço pra mostrar de perto
A beleza desse paraíso onde você nasceu
Essa casinha modesta
À luz do sol e à luz da lua
E a chuva lá na serra

Sobre a natureza nua
Mostre a ele o infinito
Esse filme tão bonito
Que ainda continua
Esse é o meu pai