Tarde da noite eu já estava deitado Quando ouvi na casa ao lado Um verdadeiro quebra-pau Era o compadre com a mulher dele brigando Eu fiquei só assuntando Aquela briga de casal Comadre Carmem gritando feito uma louca Era um tal de cala a boca E começou a cair vasilha Caía copo, virava mesa e cadeira E naquela quebradeira Começou a baixaria Carminha, meu bem Não me enforque com a rede Carminha, meu bem Não me esfole na parede Mas ela esfregava A cara dele no chão E por mais de uma hora Só havia pescoção Carminha, meu bem Não me bate com a toalha Carminha, meu bem Nunca mais vou pra gandaia Mas a comadre Carmem Parece que não ouvia Quanto mais pedia calma Mais a Carminha batia No outro dia apareceu de olho roxo Arranhado no pescoço E com a cara amassada Eu perguntei: Compadre, o que aconteceu? Ele então me respondeu Que foi um tombo da escada Eu fiz de bobo para não perder o freguês Ele pensa que eu não sei Que ele apanha da Carminha E toda vez que ele chega de cara cheia Leva um tapa na orelha E começa a baixaria Carminha, meu bem Não me enforque com a rede Carminha, meu bem Não me esfole na parede Mas ela esfregava A cara dele no chão E por mais de uma hora Só havia pescoção Carminha, meu bem Não me bate com a toalha Carminha, meu bem Nunca mais vou pra gandaia Mas a comadre Carmem Parece que não ouvia Quanto mais pedia calma Mais a Carminha batia