Cezar e Paulinho

Indiferença

Cezar e Paulinho


Não faz mais diferença,
Entre nós nada compensa,
Reaproveitar.

Se me julga ou se condeno,
Os olhares há veneno,
Que talvez possa matar

Os nossos lábios lamentam,
Os nossos doces momentos,
Que entre ódio se perderam

Sem respeito, desacato,
Preparou o nosso prato
E serviu você e eu.

Numa mesa escondida,
Jogamos as nossas vidas,
Em partidas sem valor.
Nenhuma carta mentia,
Revelando a ironia,
E o final de um grande amor.

Terminamos a partida,
Sem descobrir no presente,
O que fomos no passado.

Nos amamos por engano,
Fim de peça, baixa o pano,
O teatro foi fechado.