O que antes no Egito Era juízo pra uns e misericórdia para outros Com um anjo da morte que passava por cima Se desviando das marcas do sangue do cordeiro Nas ombreiras das portas Hoje a nossa páscoa Lê-se passar por cima Consumada em ressurreição carrega o significado Não mais de morte como álibi Mas de vida eterna e fim da escravidão Outra perspectiva se instaura Pois as marcas do sangue do Cordeiro Agora invade a história subvertendo O juízo de morte com a ressurreição Vida trazendo vida na nossa vida Pois levamos pela fé as marcas do sangue Que simboliza a vitória sobre a morte Adentramos nos ambientes de morte Carregando a boa notícia que ela (a morte) Foi vencida e que o álibi do mal Que gerava a escravidão fora destronado Ambientes fúnebres necessitados de consolação Perceberão em nós a esperança de quem testemunham Todos os dias essa liberdade Carregamos nos ombros as marcas das nossas cruzes De cada dia pelo o fato único e sacrificial da Cruz de Cristo As ombreiras das portas de antes São agora os ombros marcados pela fé Dos que acolhem e chora com os que choram Nossa páscoa passa por cima, do preconceito Da acepção de pessoas, do orgulho, das injustiças Das mazelas, de tudo que for contraditório Para encontrar do ser amado por Deus Que decidiu Ser como nós Para vencer nosso maior medo A saber: A morte Pra fazer de nós portadores da marca do sangue do Cordeiro Que ironicamente derruba as portas do inferno A qual fez da morte sua matéria prima principal Parafraseando o Ari: Na páscoa judaica acontece Uma escolha pelo víeis da morte dos primogênitos Para libertação de um povo que vai trazer Deus pra história Na páscoa cristã acontece uma escolha pelo víeis da morte Do unigénito para ressurreição que levará Jesus Para toda a humanidade