Onde homens, mulheres e crianças são vítimas A fome é a dor que sucumbe ao desespero Que pune o corpo, que pune a alma E elimina lentamente A dor da fome Alimentando a dor Não há como exigir de tais pessoas Que discernimento e dignidade Sobrevivam dentro de si E para não entregar a última esperança Vivem do que outros Deixam para trás Por mais dias ou horas de sobrevivência A luta mais covarde se faz travar Homens humildes contra a ganancia De quem quer sempre mais A fome é a dor que sucumbe ao desespero