Só argumento vazio, reação não se viu É ridículo o Brasil, onde menor porta fuzil Por aqui cê só vê, PSDB e PT Mas esquece o porque, tem CV e PCC Na frente da TV, no sofá tem conforto E depois quer dizer, que do país tem desgosto Não procura o troco, se conforma com pouco Joga a culpa no outro, não preenche seu posto De janeiro a abril, é só festa no cio Foi você que não viu, carnaval te iludiu Quantos irão te cobrar, quem que irá te pagar Por tanta omissão, miséria e escravidão Lucro só pro patrão, fode a população Não é show do milhão, não tem ouro na mão Só cadáver no chão, viela em colisão Cocaína ilusão, leis em corrupção Em meio a quebrada, só miséria e solidão Como lidar com o sangue que está em suas mãos Quantos cairão pra sua satisfação E essa vitória baseada em cadáveres no chão? Por pregar igualdade Jesus foi crucificado E nos dia de hoje olha quantos tão trancado O sistema pode ter banido a crucificação Mas, no lugar dela deu cadeia e camburão Em um país já esclarecido em sua miscigenação Se for preto ou pobre é visto em outro padrão As minorias ignoradas como se fossem nada Pelos que se dizem os donos da praça Então aproveita a nova globalização E escolhe melhor no que cê da atenção Não, é tão difícil adquirir informação Acorda pra vida e deixa de ser um pião Vocês negaram educação pra desviar a atenção E impedir revolta sob a luz da razão Nos obrigam a aceitar o sistema e corrupção Decidindo o destino de quem vai ter o cartão Considerado só um numero na população Sendo obrigados a fazer esmola do patrão Durar só uma tarde pra pagar as prestação E passa o resto do mês "chei" de preocupação Foda a ilusão, que vem pelo cifrão Fazendo o empresário suja terno no chão Com os braços esticados, contra o paredão Moleque oprimido fez real a acusação E se os moleques tão no corre a culpa é de quem? Disseram que era direito, então eles querem também Se o sistema faz ser Deus uma simples nota de cem Então reclama da revolta vinda dos que não tem nada No país tropical cultura do pré sal Encontrar diferenças por aqui é normal Vivem de restos que elite jogou pelo chão Desigualdade social já se tornou padrão Em meio a toda essa massa que popula a rua Cê vê mentira e verdade ambas nuas e cruas E o desespero faz do crime uma fuga Pra acaba enterrado ou dentro de uma viatura Diz que quer mudança mas nada muda E desde o quilombo a história é uma Continuamos sem ver a lendária mudança Ignorando o choro de outra criança Que derrama nessas vielas de solidão Quantos são os que por ela tem compaixão? Que com orgulho na veia carrega o sangue Do mesmo que foi derramado em meio aos mangue A constituição do direito do cidadão Mais um papel que foi apagado pelo cifrão Comprando sua fé, retirando teu pão Capital gira numa oferta de uma religião, mas pera lá As coisas não tem que ser assim Toda situação começada tem que ter um fim Chega uma hora que já não basta esperança Esperar o que, quando não buscam por mudança? A sociedade se desfez e tornou um réu, óh Deus do céu Minha revolta é refletida a sós Pra ser feroz e não algoz, pois bem no fundo Somos a maquina que move a merda do mundo Enquanto ações com sangue aqui são apagadas Pensamentos novos surgem em meio a madrugada E cê quer entender o porque eu escrevo assim? É porque todo dia nasce e morre algo em mim