Tom: C
C G C
Louco varrido é como me chamam,
G C
Quando digo que moro num sitio distante,
F C
No meio do mato, no pé de uma serra,
G C
Longe da cidade, no meio da terra.
G C
Pobres coitados, não sabem o que dizem,
G C
Só querem sentir o cheiro do asfalto,
F C
E sob concretos e ar acinzentado,
G C
Vivem felizes, empoleirados.
C7 G
Sou parte da terra, sou simplicidade,
F C
Cultivo na vida amor e amizade,
G C
É só o que sobra, na colheita final,
G C
Um aceno de adeus e muita saudade.
G C
Não ouço buzinas, só a passarada,
G C
A vida renasce a cada estação,
F C
E a violência, só a da natureza,
G C
Que mata mas cria um novo brotão.
G C
A aurora ilumina melhor a paisagem,
G C
Não tem propaganda poluindo o ambiente,
F C
E a água é potável, que nasce do chão,
G C
Que se pode beber sem ficar doente.
