A vida passa e deixa rastros pra quem sabe Quem conviveu com a lida campo afora Um cusco manso que traçava meu caminho Hoje eu ando sozinho De tristeza e de saudade A lua cheia que rondava ao pé da serra E o cruzeiro que mostrava aqui é o sul Era o clarim o meu galo cantador A vida tinha sabor E pouco resta de mim Ficou o galpão E a carreta sem estrada Lá num canto abandonada Sem histórias pra contar Ficou lembranças De um tempo que se foi Hoje é tapera e minha dor É um laço forte pro meu cantar Ficou tropilhas No meu sonho de andarilho Meus olhos perdem o brilho Numa lágrima de voltar