Celsinho Mody

Samba, Enredo do Meu Viver

Celsinho Mody


É de arrepiar!
A alma que embala meu povo a sambar
Na cadência do amor
A Filial do samba chegou!

Negro é o sorriso da liberdade
A força da nossa raiz!
O canto que ecoou na Praça XI
Nasceu dos quatro cantos do país
Tia baiana ouviu, no terreiro, o som do tambor
Ô ô ô

A bênção de mãe Yemanjá, axé de Oxossi caçador
Retalhos de canções batem outra vez nos corações
O rio que passou, folhas secas levou
Não posso ficar na esperança equilibrista
Reluziu, em aquarela, o Brasil

Marca a mão no couro que a dor vai passar
Oh, pretinha, deixa eu te amar!
Malandro que sou aprendi com os bambas
No bar, na rua, onde a Lua é a dama

O samba, canção se moldou
No peito tocou sentimentos
No breque, a reposta
No tom da bossa nova
Tem swing sem igual
Caciqueando lá no fundo do quintal
Mas chegou o Carnaval
Em um feitiço de garoa vai brilhar
O samba, enredo do meu viver
Me leva, melodia, a sonhar!
No rufar da bateria, me entrego à emoção
Explode coração!