Vem, sanfoneiro, puxa o fole pra valer Que a nossa festa não tem hora pra acabar Oh! Asa Branca, meu orgulho do sertão Tô arretado com a força do dragão! Quando olhei, a terra ardendo Vi tamanha solidão Seca, triste seca Dê lugar à redenção! Tenho fé que a vida irá mudar Já clamei padim pra abençoar Na terra chover Meu gado engordar O pão da família é fundamental Parti, sei que amanhã hei de sorrir Adeus, rosinha No pau-de-arara, retirante da terrinha Lá na cidade vou mudar nosso destino Com a ginga e o sabor Do tempero nordestino Nestas andanças vou seguir Sem esquecer minha raiz Viva a cultura dessa gente aguerrida E a saudade corre no suor da lida Mas muié não chore não Sou tinhoso e só volto pra esse chão Quando a chuva der sinal Fim desta prosa, é carnaval