O meu batuque ancestral é reza, é ritual Meu povo tem axé, Camisa A Barra Funda tem mandinga em seu tambor Ajayo! Larôye Exu ago Da África mãe, melancolia e dor Acorrentados pelo sofrimento E nos porões de um tumbeiro, clamor e lamento Herança marcada que corre nas veias Na alma do negro a batida incendeia Epá Babá papai, Epá Babá! O seu cajado cicatriza essa ferida Que guia, ilumina o seu caminhar Viu na Bahia! O renascer de um novo amanhecer Ôôôô Tem feitiçaria, o xirê já começou Saluba Nanã, Eparrey Oyá Ojuobá (Kaô Xangô!) E assim vou cantar com liberdade Vodun-Zo é minha fé pelos palcos da cidade “Pelô” seu mundo, me dê tribal Ylê Aiye energia, carnaval Meu cantar é minha sina, pelo candeal Timbalada anuncia, furiosa bateria Na batida de um só coração Meu trevo, emoção igual nunca sentiu Do farol da barra atrás do trio Hoje no Anhembi Pulsando ao som desse timbal Pra imortalizar nosso cacique Carlinhos Brown