Olá! Sou Terra, tive um sonho, vou contar Que no futuro o homem veio perguntar Mãe Natureza o que tu tens pra me falar Do equilíbrio que há muito em ti não há! Porque será que as estações já não consegues controlar Os tsunâmis, furacões, o calor do ar A geleira quebrar e ameaçar quem em ti habitar Porque será que a cachoeira já não vejo despencar E os seus rios que não correm para o mar Nem os seus braços nossas hortas vem regar Porque será que os golfinhos não mais pulam a brincar Os passarinhos já não cantam a voar, pois não existem mais florestas pra morar! Então perguntei: Porque será que no teu banho demoravas a cantar Que as torneiras tu deixastes gotejar A luz acesa sem ninguém a utilizar E o que compravas nem chegastes a usar Pra ostentar tua vaidade, teu status, se mostrar Os meus recursos só soubestes explorar e não fizestes nada pra me ajudar O que será quando a selva de pedras me dominar E das fachadas, nas alturas, contemplar O pequeno jardim suspenso que irás cultivar Então lembrarás quando na grama verdinha do parque podias rolar Sem imaginar que isso pudesse acabar Que a indiferença tem um preço a pagar Se lembrará de quanta água tu usastes pra lavar O teu passeio, o teu carro sem pensar Nas consequências que um dia ia causar Tanta guerra, tanta miséria, exploração humana em todo lugar Salve-me! Preciso de você! Salve-me! Você pode resolver! Salve-me e a você! O que será que o seu filho pensará da herança que pra ele deixará? Infelizmente nada bom pra se orgulhar Querer voltar ao passado pra tudo mudar! Salve-me!