Quando resolveu criar o mundo Em um segundo dando o retoque final Deus, num delírio de grandeza Desenhou a natureza e pintou o Pantanal Fez o Mar de Xarayés O céu mais azul, um lindo luar Fez cobra-grande, jacarés Aves, peixes, flores para enfeitar Sopra o berrante, peão No carnaval do Salgueiro Faz palpitar meu coração pantaneiro Do Império do Sol recebi De herança a dignidade Sou Guaycuru e aprendi Cavalgando, amar a liberdade Da Península Ibérica Veio o conquistador Mas meu povo que é valente Enfrentou aquela gente, expulsou o invasor Vem conhecer as minhas prendas Meu folclore, minhas lendas Navegar no Rio Paraguai Sou o tuiuiú mais orgulhoso E num vôo majestoso Vou aonde o vento vai Vou cantar e sambar, eu vou Salgueiro é Escola, é amor Sou fauna, sou fera, sou flora, raiz O santuário natural deste país