De repente uma janela no passado Em minha mente vêm lembranças sem querer No mesmo instante dos meus olhos descem lágrimas E a saudade no meu peito vem bater Me recordo dos meus tempos de criança Quando em tudo que eu ouvia, acreditava De repente já nascia uma Esperança E a nave dos meus sonhos decolava Viajando então na imaginação Os passageiros com rigor selecionava Pois pra viajar nessa imaginação O passaporte do Amor eu lhes cobrava Não deixava entrar o ódio e nem a guerra A Esperança tinha o melhor lugar A Alegria sempre no primeiro banco E a tristeza nem sonhando entrava lá Eu sonhava com um mundo sem malícias Onde não havia discriminação Homens maus, traiçoeiros, calculistas Não faziam parte da imaginação Prepotentes, arrogantes e egoístas Que não medem consequências pela fama Tudo isso era minha Esperança Mas que pena, foi um sonho de criança Hoje vejo como é tudo diferente Tudo que eu temia vejo acontecer Dos meus sonhos só restaram as lembranças Oh! meu Deus, como é que eu posso entender? Pois cresci e já não sou uma criança E a verdade é que este mundo é diferente Mas o Deus que eu conheci na minha infância Ele não muda, é o Mesmo eternamente