Quando meus pés pisaram o chão Da cor do Sangue que corre Em minhas veias Eu ainda era menino Ainda guardava um sol na cabeça E brincava no cerrado Onde todo menino deve andar Vôo livre, vôo livre, vôo livre Onde não havia esquina Brasília Entre o céu do cerrado e o chão Sobre os homens o planalto e o tempo Eram mãos, eram martelos Eram sonhos e cutelos Pra cortar... Sonhos livres, sonhos livres, sonhos livres Por trás de cada olhar Quando o sangue do teu chão mesclou-se Ao corpo, ao sonho, às mãos de sua gente Eu ainda era menino E vi chegar o açoite e a morte No vento Mas fui brincar no cerrado Como todo menino foi brincar... Medo e amor, medo e amor, medo e amor por trás de cada olhar Brasília