Adeus, que já não são meus, os erros que eu faço Lancei, as contas que errei, para o teu regaço Adeus quando embalas a minha tristeza Pensando que a calas por a manteres presa Agora, não me vou embora, nem fico a teu lado Chorar, é já um lugar, pra’ra quem canta o fado Não vou em cantigas Por isso não digas palavras banais Um homem calado Pode ser culpado de falar demais Adeus, aceita por teus, os sonhos que eu tive Se em mim o sonho tem fim, em ti sobrevive Adeus quando acolhes a minha partida Só quero que a olhes uma vez na vida Agora é chegada a hora de erguer a canastra E assim, por dentro de mim, a saudade alastra Não nasci no fado Mas tenho avisado a quem me conquista A cada minuto O fado dá fruto e eu sou mais fadista