Às vezes nada faz sentido Sentindo que tudo que fiz foi em vão; É quando me vejo de novo chorando, A alma quebrada, joelhos ao chão; Embora não veja em mim justiça, Me olhas sorrindo, me estendes a mão; O que sinto, então, palavras não dizem, A tua palavra quebra o meu silêncio; Em tua vontade, a satisfação, A sombra da cruz sobre minha cabeça; A coroa de espinhos manchada de sangue, O açoite na carne que não precisei sentir; E sem pecar se fez pecado, O abandono, o perdão, o suspiro enfim... Tal amor jamais visto antes ou depois Me faz ver que em tudo há sentido, Sentindo que tudo ainda é tão pouco ou quase nada, E graças te dou senhor deus, meu pai, Porque me perdoas e me amas primeiro!