Eu peço a vossa mercê E todos que me apreciam Hoje na data do mês Porque eu não vejo a luz do dia Homem, menino, mulher Cada qual dá o que puder E proteja a minha bacia Esse aqui já me pagou E os outros faltam pagar Tantos apreciadores Não tenham pena de dar Em luz dos meus amiguinhos Quem lhes pede é um ceguinho Que não pode trabalhar O homem disse à João "Se me deres a metade Do teu filhinho eu garanto Levar-te até na cidade Afim de tu assistires A grande festividade" João de Calais disse "dou-te Até minha própria vida Pra me levar em Cecília Onde está minha querida Eu quero é saber se ela De mim já tá esquecida" E nisso João sentiu Nos olhos grande fraqueza O homem o levou dormindo Para ver sua princesa João acordou em Cecília Foi importante a surpresa João chegou em Cecília Parecendo o satanás Sujo, rasgado, imundo Cabelo grande demais Não tinha ali quem dissesse Que fosse o João de Calais O homem deixou João Numa praça que havia Bem de fronte do reinado E num anúncio dizia Que o príncipe Florismundo Casava no outro dia João disse a cozinheira Que estava necessitado E queria trabalhar Para ganhar o bocado Mandaram ele botar água Para a festa do noivado Acharam naquele homem Que era distinto e fiel Mandaram ele botar água No quarto de Isabel Cada vez mais aumentava O ar de João dor tão cruel Isabel que era muito Experiente demais Quando João entrou no quarto Reparou bem seus sinais Conheceu perfeitamente Que era o João de Calais Isabel ligeiramente Do quarto se retirou Foi onde estava Constança E com ela se abraçou Dizendo "prima querida João de Calais chegou" Constança com a surpresa Quase sofre um acidente João de Calais foi entrando Maltrapilho e descontente Rasgado que parecia O mais pobre penitente Constança disse "João Meu sofrimento é profundo Eu já me considerava A mais infeliz do mundo Porque eu ia me casar Com o príncipe Florismundo" Constança mandou chamar E o rei chegou avexado Quando ele entrou no quarto Assim que ele foi chegado Constança representou-se Com João de Calais de lado Constança disse "meu pai Este é o João de Calais Que eu tinha como morto No oceano voraz Agora fique ciente Que eu não me caso mais"