Ninguém pra escutar Segredos a zelar Trancado nesse armário A dor parece te abraçar Lá fora mora o ódio Que tanto se espalhou Desprezo e preconceito Escancarados sem nenhum pudor Você sente o peso de ser como é Mas não abrace a culpa Quem precisa de cura É quem tentou roubar Sua liberdade, sua vontade de voar Sua existência é resistência De todas as vezes que tentaram te calar Como animais irracionais Que atacam sem pensar Te apontam o dedo e condenam Fazem você sangrar Mas não vão silenciar Sua voz e tantas outras Que gritam pelas vidas Que o ódio interrompeu Quantos corações vão parar de bater Até que o mundo aprenda A aceitar a diferença? Mas o que esperar de uma tripulação Que elege um capitão tão empenhado em nos afogar? Como animais irracionais Que atacam sem pensar Te apontam o dedo e condenam Fazem você sangrar Mas não vão silenciar Sua voz e tantas outras Que gritam pelas vidas Que o ódio interrompeu “A cada 16 horas uma vida é violentamente Interrompida por preconceito e intolerância É sangue inocente regando o asfalto Fazendo brotar cada vez mais medo E evaporando toda e qualquer forma de esperança” Todo esse sangue também está nas mãos De quem escolher legitimar Esse discurso de ódio De que a minoria deveria se curvar ou desaparecer Estamos juntos aqui Nós vamos resistir! O mundo há de escutar Sua voz a ecoar O grito de socorro há tanto tempo guardado Quem eles pensam que são? Pra determinar Quem você pode ou não amar