Quem deve ser eu e aonde deve estar você, meu amor? Eu poeta afogado em rima sem gosto de vida E você a vida rindo pra mim, ainda que invisível? A vida feia em você e eu pintor visionário Tentanto retocar o que é cruel mas pulsa e faz sentido? Mas certo que eu seja um romântico anacrônico E você um trem que por distração eu tenha perdido. (O tempo não espera por ninguém e já foi tudo dito)