Recife do forte do buraco E da cruz do patrão Da praça assombrada Desde a setembrizada Chora menino mais não A primeira sinagoga americana Por pouco escapou de ser Esquecida para sempre Mas na rua dos judeus Ainda podemo-la ver Recife cadê os teus mistérios Foram emparedados Hoje já não vemos mais Que será do recife de hoje Sem o recife de tempos atrás O palácio de friburgo Não tem mais Corpo santo e paraíso Não tem mais A igreja dos martírios e a ponte giratória Não tem mais Que será do recife de hoje Sem o recife de tempos atrás Quem sabe hoje da campina do taborda Dos arcos santo antônio e conceição Do forte no sítio da trindade Do da avenida e do forte do picão E do quartel do regimento Onde leão coroado começou a revolução É, o recife do passado não existe E não foi esquecido, não Foi escondido e destruído E não tem mais evocação Hoje eu canto o recife Com lamento e com reclamação E a pergunta é a que se faz Que será do recife de hoje Sem o recife de tempos atrás